domingo, 30 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

Máquina de fazer dinheiro

In "Causa Nossa":

Capitalismo financeiro 

«Máquina de fazer dinheiro», tal é a legenda deste gráfico do Economist: em vinte anos os lucros da indústria financeira passaram de 10% para 40% do total dos lucros de todas as companhias norte-americanas!

Mercados? Tudo Lixado?

In "Jornal de Negócios":

A sabedoria profunda, nomeadamente a que eu propago na literatura que escrevi (“Ganhar em Bolsa”, 6ª edição ou mais), é a de que quando os mercados dão o pontapé, a gente percebe a mensagem, e sai.

É a grande regra: As acções nem sequer te conhecem; então porque amá-las, estilo “Noivado do sepulcro”?

Elas já pontapearam em Agosto, de modo que quem leu a palavra de Salvação (a do meu ‘book’, ou outros, igualmente inspirados), está agora a rir-se, com montes de liquidez ávida, com mãos género Freddy Kruger, a ver o momento em que toda a liquidez acumulada vai comprar os saldos que a crise deixou na feira da ladra, em que se tornarão (ou já tornaram) as Bolsas.

Na súmula , ou como se diria em Direito, alegações finais , eu digo nesse inestimável livrinho, o melhor que foi escrito em Portugal, por autores residentes na R do Molhe, Porto:

 “Opte claramente por uma estratégia defensiva, e, por muito que isto lhe pareça idiota, o seu objectivo crucial e primário é não perder dinheiro, a fim de manter sempre o grosso do capital”.

E agora? Quem ficou basicamente em liquidez ou em produtos defensivos (1) está na maior, a jantar fora e a comer lagostins.

E os outros? Sempre com a palavra de Salvação na boca, principalmente nesta época Pascal, em Verdade vos digo:

– Penso eu “de que” já não há muito mais porrada para levar.

Eu sei que o Greenspan diz que isto é a “pior crise desde a 2ª Guerra Mundial”, e eu até fico arrepiado de me por aqui a discordar. Mas, fora a reverência (1), será que o grande sacerdote se lembra da verdadeira crise do petróleo em 1973, da “stagflation” decorrente até 10, ‘I repeat’, 10 anos mais tarde, sem qualquer das inúmeras armas que o sistema agora tem para combater as crises – que aliás ele usou com profusão maníaco-depressiva, passando a taxa de juro da FED de 6% para 1% e vice-versa???

Nós aqui, na R do Molhe, discordamos.

Não é que o mercados vão subir de chofre, nem pensar nisso. Mesmo que os fundamentais já apontassem no sentido de o produto estar barato (é bem possível, mas ninguém sabe), o sentimento dos investidores está tão massacrado que uma erecção nem com Viagra.

Mas, tudo o que é análise reconhece que, fora as empresas, nomeadamente financeiras, que se puseram fora das regras fundamentais de cautela e que até na sua maioria (quase totalidade?) estão identificadas, a generalidade das empresas estão firmes, com balanços sólidos quanto a endividamento, e preparadas para tufões, quando não tsunamis.

Não se diz com verdade que os mercados antecipam as notícias com graus adequados de previsibilidade?

Então o que há mais para prever? Não está já tudo “descontado”? (2)

Os mercados não estão já a preços de recessão (mais coisa menos coisa)?

E já agora, para ter a certeza que digo alguma certa, que até o Greenspan subscreveria: “Entre mortos e feridos alguns hão-de escapar!”

(1) Que, numa certa medida, nem é muita. Não é que o supracitado falava da “exuberância excessiva dos mercados” em 1996, quando, em média, ainda havia 150% para ganhar?

(2) Reafirmo que, porém, o “sentimento” não permite subidas sustentadas, na minha modesta opinião, Sem embargo, os mais ousados vão aproveitar os saldos de curto prazo, entrando e saindo.

Ver artigo completo em: http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=313769

terça-feira, 18 de março de 2008

As Bolsas já bateram no fundo?

In "Jornal de Negócios":

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Os bancos perderam confiança uns nos outros e já não emprestam dinheiro entre si. Com a queda do Bear Stearns, são os cidadãos que começam a ficar com dúvidas. Até porque a crise da liquidez espalhou-se como um vírus que ameaça fazer uma mutação para uma estirpe mais inteligente: uma crise de solvabilidade. Ou seja, a própria saúde de muitos bancos pode estar em causa, em cima de balanços em que os activos já não equilibram passivos. E a esses sintomas já não há descidas de juros nem injecções de liquidez que sirvam de analgésico.


As Bolsas já bateram no fundo? Ninguém sabe responder. Nem o economista-chefe do BCE, que em entrevista ao Jornal de Negócios deixa claro que as economias vão ficar pior antes de ficar melhor.


As autoridades estão a mostrar as suas fragilidades. A norte-americana Fed vai gastando as munições das descidas de taxas de juro e não tarda fica com a cartucheira vazia, sem mais nada que possa fazer. George W. Bush garantiu ontem que as autoridades estão a controlar a situação com a mesma convicção de um bombeiro rodeado de labaredas. Em vez de uma promessa de salvação, o presidente soou a “salve-se quem puder”.


É nesta altura que aparecem os catastrofistas apontando para o apocalipse dos mercados, invocando o fim do capitalismo tal como o conhecemos. Serve de pouco. Já vimos suficientes filmes destes para sabermos que o que se segue é uma nova onda de regulamentação do sistema. Depois, novas argúcias voltarão a torpedear esses regulamentos. O touro voltará a tombar o urso e este aquele, em ciclos sucessivos que voltarão a fazer os estragos de sempre.

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Alan Greenspan, o ex-presidente do Fed, voltou ontem à "exuberância irracional" dos mercados para explicar a actual crise financeira: os períodos de euforia, associados às "bolhas", são muito difíceis de parar; só param quando a febre desaparece por si própria. Ou seja, as "bolhas" desenvolvem-se e morrem, hoje, da mesma forma como no século XVIII.

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É provável que Greenspan tenha razão. Porém, isso não nos deixa mais protegidos: a violência das crises tende a ser maior à medida que o Mundo vai ficando mais pequeno (como diz Greenspan, esta é a crise mais grave desde a II Guerra Mundial). Porque com os mercados ligados por vasos comunicantes, as tempestades deixam de ser locais e ganham dimensão planetária. Tal como agora.

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Ver artigo completo em: http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=313611

e http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=313564

domingo, 16 de março de 2008

Quanto pode render a guerra

In "RTP Notícias":

O Iraque tem reservas petrolíferas que ficam, entre as maiores do mundo, logo em segundo lugar depois das da Arábia Saudita: um mínimo de 112 biliões de barris confirmados, num valor de 2.800 biliões de dólares.
As reservas ainda por confirmar podem atingir um máximo de mais 215 biliões. Se se confirmar a existência destas, o Iraque terá reservas superiores em 50% às da própria Arábia Saudita. A actual extracção de 1,5 milhões de barris diários poderia, segundo cálculos de especialistas, saltar para cerca de 6 milhões diários.
A baixa dos preços do petróleo faria, nesse caso, perder muito dinheiro aos países produtores e faria ganhar muito aos países que são grandes consumidores líquidos. É o caso, em primeiro lugar, dos Estados Unidos, que constituem o maior consumidor mundial e dependem cada vez mais das importações.
Os dois grandes mecanismos para ganhar com uma guerra já concluída seriam, assim, a atribuição de contratos especialmente favoráveis às companhias britânicas e norte-americanas e o petróleo barato, como “dopping” radical para uma economia em desaceleração.
Para já, é com os altos preços do petróleo que, segundo o diário alemão “Spiegel Online”, alguns potentados do sector fazem negócios invejáveis. Só no quarto trimestre de 2002, a British Petroleum (BP) viu subirem os seus lucros líquidos em quase 50%, para os 2,64 biliões de dólares, graças ao aumento de preços.

Goldman Sachs aponta para petróleo nos 175 dólares

In "Jornal de Negócios":

As "commodities" poderão registar "subidas explosivas" nos próximos dois anos, com o petróleo a atingir os 175 dólares por barril, segundo a Goldman Sachs.

As decisões políticas sobre fluxos de dinheiro, emprego e tecnologia estão a "condicionar substancialmente o crescimento da oferta" de matérias-primas, referem os analistas da Goldman Sachs na sua última nota de "research", divulgada hoje pela Bloomberg. "Esta situação deverá sustentar um mercado altista do ponto de vista estrutural, para as ‘commodities’, até que esses entraves sejam eliminados e/ou a procura seja ajustada", acrescenta o documento.

A generalidade das "commodities" está no seu sétimo ano de ganhos, com o desinvestimento em refinarias, minas e terrenos agrícolas a fazerem disparar os preços do petróleo, ouro, platina e trigo para máximos históricos. Actualmente, as entidades políticas controlam mais recursos naturais do que em qualquer outra altura do século XVII, refere ainda a nota de análise da Goldman Sachs.

O banco de investimento tinha já anunciado esta semana que revia em alta, de 90 para 105 dólares, o preço médio do crude de referência dos EUA para 2009.

O West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está actualmente numa média de 96,53 dólares desde o início do ano, o que corresponde a mais 17% do que o preço médio para todo o ano previsto pelos 30 analistas inquiridos pela Bloomberg – que o situaram nos 82,25 dólares por barril.

Preços ainda não estão em níveis extremos

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Ver artigo completo em: http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=313479

Emoção bate a razão quando se fazem cálculos de risco

In "Emoção bate a razão quando se fazem cálculos de risco":

As emoções jogam um papel mais importante do que a razão quando se trata de cálculos de riscos, segundo um estudo publicado hoje por investigadores suíços que localizaram uma série de neurónios numa zona específica do cérebro.
Uma equipa de Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia conseguiu provar a correlação entre a activação de alguns neurónios e os erros matemáticos de previsão de riscos.

“Contrariamente ao que enuncia a teoria de Descartes, a emoção pode ser um elemento constitutivo da racionalidade, sendo o seu objectivo o de medir o risco no contexto”, explicou, à agência France Presse, Peter Bossaerts, professor da EPFL
Estas investigações permitem compreender melhor porque é que alguns riscos, nomeadamente os financeiros, são por vezes mal calculados.

sábado, 15 de março de 2008

Dados Económicos (Portugal)

 

Key indicators 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Real GDP growth (%) 1.9 1.8 2.1 2.4 2.3 2.5
Consumer price inflation (av; %) 2.5 2.3 2.1 2.2 2.3 2.3
Consumer price inflation (av, %; EU harmonised measure) 2.4 2.2 2.0 2.1 2.2 2.2
General government budget balance (% of GDP) -3.0 -2.6 -2.4 -2.2 -1.9 -1.8
Current-account balance (% of GDP) -8.5 -8.1 -6.5 -5.7 -5.1 -4.7
3-month interbank rate (av; %) 4.3 4.2 4.0 4.1 4.1 4.1
Exchange rate US$:€(av) 1.37 1.46 1.33 1.28 1.26 1.25
Exchange rate US$:€(year-end) 1.46 1.39 1.30 1.27 1.26 1.25
Exchange rate¥:€(av) 161.19 151.58 127.44 119.45 115.66 114.74

Referencia: http://www.economist.com/countries/Portugal/profile.cfm?folder=Profile%2DEconomic%20Data

quinta-feira, 13 de março de 2008

 
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