In "Jornal de Negócios":
Os preços do West Texas Intermediate, crude de referência dos Estados Unidos, atingiram momentaneamente um novo máximo histórico, nos 126,40 dólares por barril, tendo em seguida perdido terreno, com alguns investidores a comprarem devido a receios de uma menor oferta e outros a venderem em resposta à valorização do dólar, refere a "Canadian Business".
Esta foi a sexta sessão consecutiva de recordes para o WTI, transaccionado no mercado nova-iorquino. O Brent do Mar do Norte, "benchmark" para a Europa e negociado em Londres, atingiu o valor mais alto de sempre na passada sexta-feira, nos 125,90 dólares por barril.
Neste momento, as cotações cedem terreno, com o WTI [Cot] a perder 0,41% para 125,44 dólares e o Brent [Cot] a cair 1,50% para 123,52 dólares.
Os principais factores que têm sustentado o petróleo são a fragilidade da nota verde e os crescentes receios de quebras de produção de crude no México, na Rússia e outros países. Na Nigéria, a oferta foi reduzida para cerca de metade devido aos ataques a instalações petrolíferas por parte do movimento rebelde de defesa do Delta do Níger.
A Goldman Sachs referiu na quinta-feira passada, numa nota de "research", que os preços poderão rondar os 150-200 dólares por barril nos próximos seis meses a dois anos.
O presidente da OPEP, Chakib Khelil, e o ministro iraniano do Petróleo, Gholamhossein Nozari, também alertaram para o facto de o crude poder chegar aos 200 dólares, não por via de uma menor oferta nos mercados mundiais mas sim pela desvalorização do dólar.
A recuperação da moeda norte-americana face ao euro na sessão de hoje constitui um bom motivo para os investidores estarem de momento a vender petróleo, o que cair os preços. Um dólar mais forte torna as "commodities" menos atractivas para os investidores como um refúgio contra a inflação, e torna o petróleo mais caro para os investidores estrangeiros, salienta a "Canadian Business".
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