quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Estados precisam de 10% da riqueza mundial para não deixarem de pagar contas

In "Jornal de negócios online":

mundo_puzzle_not_altoNão é só na Europa que as necessidades de financiamento dos Estados atingem neste ano valores sem precedentes, num teste exigente à sobrevivência do euro. Lideradas pelo Japão, as maiores economias mundiais vão ter de ir buscar aos mercados montantes gigantescos para continuarem a funcionar sem rupturas.

 

As contas foram feitas pela agência Bloomberg e resultam num número astronómico: as maiores economias mundiais precisam de angariar 7,6 biliões de dólares (5,8 biliões de euros) para "tapar" os défices orçamentais de 2012 e refinanciar dívida que se vence.


Tendo em conta que o PIB mundial terá rondado 74,5 biliões de dólares, segundo dados ainda relativos a 2010, as necessidades de financiamento dos Estados ascenderão neste ano ao equivalente a quase 10% da riqueza mundial.


A lista é liderada pelo Japão, que tem a maior dívida pública do mundo desenvolvido, já muito próxima de 200% do PIB (boa parte detida por agentes nacionais), que tem de refinanciar mais de três biliões de dólares. Seguem-se de perto os Estados Unidos que, em ano de eleições presidenciais e ainda sem acordo no Congresso para travar o endividamento, terão de ir buscar aos mercados financeiros 2,8 biliões.


Numa "divisão" já mais baixa, mas igualmente expressiva, está Itália (428 mil milhões de dólares), França (367 mil milhões) e Alemanha (285 mil milhões). Ainda na Europa, mas já fora da Zona Euro, segue-se o Reino Unido, que terá de angariar nos mercados 165 mil milhões de dólares ao longo deste ano, valor próximo do exigido pelo Brasil (169 mil milhões).


China (121 mil milhões) e Índia (57 mil milhões de dólares) são, de longe, os Estados menos dependentes dos mercados – em boa medida, porque as respectivas funções sociais são consideravelmente mais modestas do que as assumidas pelos Estados europeus, nipónico e norte-americano.

 
View My Stats