sábado, 24 de novembro de 2007

Podíamos pagar menos 38% de IRS se não houvesse fuga ao Fisco

In "Fórum BolsaTotal"

Repisando o tema...
É que estou farto de pagar para que os que não pagam tenham o usufruto daquilo que eu pago...
E, desta vez, estou totalmente de acordo com o ministro e com o secretário do Estado dos Assuntos Fiscais...

Quote:

Fisco detectou dívida fiscal de 3.300 milhões em 2006
Podíamos pagar menos 38% de IRS se não houvesse fuga ao Fisco
2007/11/23 16:52Paula Gonçalves Martins
Seria possível pagar também menos 25% de IVA
Se não houvesse fuga ao Fisco nem fraude fiscal, os contribuintes portugueses podiam pagar menos 38% de IRS.
Os cálculos são do ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e foram anunciados no discurso de encerramento da discussão do Orçamento do Estado para 2008, no Parlamento.
A inspecção interna e externa do fisco detectou em 2006 actos de evasão e fraude que deram origem à instauração de dívida fiscal de cerca de 3.300 milhões de euros. «Quer isto dizer que, se não houvesse incumprimento por parte daqueles que se evadem e procuram defraudar o fisco, os contribuintes cumpridores poderiam pagar quase menos 38 por cento de IRS ou menos 25% de IVA», afirmou.
Por isso mesmo, o ministro anunciou que 2008 vai ser «o ano da tolerância zero» no que se refere ao combate à fraude e evasão fiscais. «Se pretendemos, de facto, dar alívio aos contribuintes cumpridores não podemos, de forma alguma, dar qualquer alívio àqueles que se evadem ou recorrem à fraude», disse o ministro.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/...63&div_id=1730

domingo, 18 de novembro de 2007

"Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão"

In "Expresso"

Jaddish Bhagwatti, professor na Universidade de Columbia,  economista de origem indiana, de visita a Lisboa para receber um doutoramento honoris causa pela Universidade Nova, considera que o dólar só vai parar de cair quando a Administração americana começar a cortar a sério no défice. Até lá não há nada que a Europa possa fazer para travar o euro.

Como podem os pequenos países como Portugal lidar com a globalização?
Podem sempre competir. Paul Krugman disse uma vez que concorrência nacional não é como a competição pessoal. Se os salários são altos ou baixos é possível ajustar as taxas de câmbio. Por isso, a nível nacional é sempre possível competir.

Mas nós em Portugal já não temos moeda própria. Esse tem sido um dos problemas.
É uma boa questão. Na zona euro há apenas uma moeda e por isso é que há alguns países, como a França, que se queixam constantemente. Isso é uma consequência da falta de harmonização. Muitos economistas vêem vantagens na moeda única, como o meu colega Robert Mundell, mas a desvantagem é que se perde a capacidade de usar as taxas de câmbio. Por isso, dentro da Europa há um problema.

Mas essa questão é particularmente preocupante quando, por exemplo, a China tem uma moeda demasiado baixa.
A China tem uma taxa de câmbio fixa e acha que isso é bom para si e para o Mundo. Eu não acredito. Se os chineses continuarem a acumular excedentes vai ser um problema porque não vai ser possível concorrer com eles de forma eficaz através da taxa de câmbio. Mas eu acredito que vão começar a valorizar a sua moeda.

Acha mesmo que vão fazê-lo? Quando?
No limite podem gastar as reservas que têm uma taxa de retorno bastante baixa com obrigações do Tesouro dos EUA. Ao mesmo tempo, têm uma enorme necessidade de infra-estruturas.

Devem investir no seu próprio país em vez de em activos estrangeiros?
Sim. Em educação e infra-estruturas que é um problema gigante em países como a China ou a Índia. Isto pode ter um grande efeito no valor de mercado destas economias. As infra-estruturas são muito importantes e isso só é possível porque há crescimento. Em 1991, na Índia, quando começaram as reformas, ninguém se preocupava com infra-estruturas porque não havia mercadorias para transportar. Agora toda a gente fala disso. É o mesmo que digo para África. Primeiro, devem crescer e só depois preocupar-se com estas questões. Antes de usar ajudas ao continente africano para infra-estruturas é melhor tentar sincronizá-las com o crescimento e garantir que a procura está lá. Não se deve aumentar a ajuda para níveis muito elevados, como Jeffrey Sachs defende. Quando se triplica ou quadriplica a ajuda num ano e depois volta a cair é contraproducente. E, além disso, o sector da construção é um dos mais corruptos em todo o Mundo. Mas, a Índia e a China têm experiência e competência para investir dinheiro em infra-estruturas e vão chegar à conclusão de que ter taxas de câmbio baixas não será muito bom no final. Será uma coisa que se irá corrigir por si só mas que, entretanto, está a levar ao proteccionismo nos EUA neste momento.

E qual é o papel do euro em todo este cenário?
É um problema. Sarkozy tem razão ao dizer que este nível do euro não é viável.

Ao menos o barril de petróleo fica mais barato para os europeus.
Pois, o preço do petróleo não tem tanto a ver com a oferta e procura e mais com o mercado cambial. Houve a crise do "subprime" nos EUA, Ben Bernanke teve que baixar as taxas de juro e as pessoas fugiram do dólar e foram para as mercadorias. Por isso, os preços das mercadorias aumentaram em dólares. Ou seja, tudo valorizou em relação ao dólar. E o problema do euro é esse. Alan Greenspan foi demasiado complacente e agora já é tarde.

Manteve as taxas de juro baixas demasiado tempo?
Sim, mas o problema está aqui agora e não há nada a fazer, excepto tentar gerir a situação o melhor possível. É muito difícil Bernanke fazer alguma coisa além de baixar as taxas de juro para tentar ajudar a economia americana. O segundo factor importante por detrás da queda do dólar é o enorme défice orçamental dos EUA. Mesmo que se diga que, em termos históricos, não é muito elevado. Isso não interessa. Talvez no final do século XIX fosse maior mas isso nada tem a ver com o que se passa agora. E principal problema é a guerra no Iraque.

Foi um erro em sua opinião?
Houve dois erros com a guerra no Iraque. O primeiro foi achar que o conflito durava um mês e financiá-lo por fora do orçamento. Ao mesmo tempo, a administração Bush pensava que esta despesa poderia ser positiva para a economia e funcionar como um estímulo temporário. O segundo erro foi pensarem que, depois de lá estarem, tomariam conta do país. Como se os EUA fosse uma potência colonizadora ao estilo do XVIII. Pensavam que tomavam conta da indústria petrolífera e aumentavam a produção.

Não foi nada disso que aconteceu?
Não, o que aconteceu foi precisamente o oposto. Houve sabotagens contínuas à produção de petróleo e os preços continuaram a subir. E no caso do financiamento o principal erro foi não aumentar os impostos. Todas as guerras têm que ter impostos adicionais. Foi a única vez que não aconteceu.

A administração Bush até tinha cortado impostos no início do primeiro mandato.
Sim. Isto levou a um dólar mais fraco. Pensavam que dólar e os EUA eram tão fortes que isto nunca seria uma Argentina ou algo semelhante. Esqueceram-se da lição dos tempos de Nixon, quando a dívida externa americana era enorme e o dólar era convertível em ouro. Nessa altura, também se pensava que o dólar era tão forte que as pessoas iriam querer mantê-los. Mas um dia, a confiança desapareceu. Acho que é isso que está a acontecer agora. É um problema que só se consegue resolver através da política orçamental. Nos próximos 18 meses, não vejo como se pode inverter. Têm que haver alterações de fundo na política monetária e orçamental. E não se vêem. Não se pode simplesmente mandar embora. É preciso tomar medidas para que o mercado reaja.

A Europa está impotente perante isso?
É uma situação difícil para a Europa.

É um risco para o crescimento europeu?
Sim, as indústrias exportadoras têm razões para estar preocupados com a actual situação. É aquilo que chama muitas vezes a doença holandesa que acontece em países que descobrem petróleo ou como aconteceu com a Holanda no século XVII com o ouro e de repente a moeda valoriza e não conseguem exportar. Há por isso razões para ficar preocupado mas é algo que não se consegue resolver só falando. O mais importante é atacar o problema do défice orçamental norte-americano. Neste aspecto acredito nos Democratas - eu sou um democrata - porque não estou a ver o actual presidente a fazê-lo. O pai dele perdeu as eleições por ter aumentado os impostos depois de ter dito que não o fazia com a frase "read my lips".

Quem acha que será o próximo presidente?
Não sei. Penso que é ainda muito cedo. Falta um ano e tudo pode acontecer em política. Veja-se o que aconteceu em Espanha com os atentados de Madrid. Neste momento, os democratas parecem bem posicionados para ganhar. Mas tudo é possível. Até porque ninguém sabe o que vai acontecer no Iraque.

Os EUA correm o risco de uma recessão?
É mais uma preocupação. A descida dos juros foi uma tentativa de evitar isso. É um dilema. Tentar que a economia não caia e ao mesmo tempo continuar a atrair capitais.

A crise do "subprime" já acabou?
Não, de maneira nenhuma. Já alterou muitas realidades na economia. Há quem tenha de vender casas por um quinto do seu valor, mas há os restantes que compram essas casas beneficiando bastante a sua situação patrimonial. Temos de fazer contas a essas duas realidades. À dos que perdem e à dos que ganham. É verdade que os receios de uma recessão podem agravar o clima económico, de forma talvez exagerada. Os investidores retraem-se e os consumidores também. Mas hoje nos EUA há mais pessoas a comprar casas porque os preços caíram. Tudo é dinâmico. Por isso, acredito que as hipóteses sobre uma recessão nos EUA são 50/50. Entretanto não nos podemos esquecer que as exportações europeias para os EUA se tornaram mais difíceis com o euro cada vez mais caro. Para o mundo não é bom viver nesta volatilidade. Sob o ponto de vista dos indicadores fundamentais, a economia dos EUA continuará a ser a grande economia e o dólar a grande moeda. Trichet vai pensar melhor sobre o que deve fazer. E não sei que mais poderá fazer, além de baixar as taxas de juro.

Quer dizer que o BCE não pode aumentar taxas?
Se fizer isso, afectará a economia real, mas vai atrair capital. O euro ficará mais forte e não sei para quê. A direcção certa será descer taxas. Exige coordenação. É uma questão clássica, que em tempos ficou famosa pelo conselho dado pelo consultor de um dos ex-presidentes americanos: os europeus tratam das taxas de juro deles e nós, americanos, tratamos das nossas.

A globalização tende a criar salários globais?
Na realidade, a integração internacional dos mercados implica a globalização dos salários e da oferta de mão-de-obra. Isso faz com que os trabalhadores mais especializados, com um maior e melhor nível de formação técnica e tecnológica, possam auferir salários mais elevados a nível global, quase em todos os continentes. Para o segmento de topo das categorias profissionais, as grandes empresas não vão pagar menos pelos melhores quadros. Essa é uma das consequências da profissionalização global ou, melhor, da integração internacional das classes profissionais. Por exemplo, é sabido que durante os últimos tempos, na Índia alguns profissionais aumentaram bastante o seu nível salarial.

Os sindicatos têm mais poder? Principalmente em países de grande crescimento no mundo globalizado, como a Índia, que desempenha um importante papel tecnológico.
Sim, são muito poderosos. O que ajuda a perceber a situação complicada a que ficam remetidos os trabalhadores com menos habilitações e fracas especializações. A evolução natural das remunerações adequadas a grandes classes profissionais tende a uniformizar-se, ou pelo menos, a aproximar-se os valores que são pagos em Lisboa, Bruxelas ou Berlim, criando padrões internacionais. Esse é um dos papéis dos sindicatos. Quadros de topo, professores de áreas valorizadas, médicos ou engenheiros, dificilmente vão ver os seus salários em queda.

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Acredita que no próximo Inverno o euro vai ultrapassar a barreira do dólar e meio e que o preço do petróleo ultrapasse os 110 dólares por barril?
Nos próximos dois anos as pessoas vão fugir do dólar fraco para o euro forte. E o preço do petróleo dispara.

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Agências de rating sob vigilância

In "PÚBLICO.PT"

A crise do “subprime” abanou a credibilidade das agências de notação de risco, e pôs a nu as fragilidades e eventuais conflitos de interesse. Agora, está em estudo a criação de regulação específica.

Ainda há bem poucos meses, quando o conceito de “subprime” não fazia parte do vocabulário dos comuns mortais, nomes como a Standard & Poor´s (S&P), Moody´s ou Fitch mereciam a vénia dos mercados e dos investidores, e tudo o que por elas fosse dito era considerado lei, no sentido de ser rigoroso e independente.
Havia uma confiança quase cega nestas instituições internacionais de notação de risco, cuja supervisão e regulação é quase inexistente, limitando-se a pouco mais do que o registo da actividade e a prestação de informação. Mas a suspeita de que as agências de “rating” poderão ter fechado os olhos ao risco e dado o seu aval e uma notação positiva a produtos de crédito de alto risco que não davam garantias de cumprimento manchou a reputação destas instituições.
O temido regulador norte-americano, a SEC (Securities and Exchange Commission), está a investigar eventuais pressões das empresas emitentes sobre as agências de “rating”, dado que muitas vezes o serviço é pago precisamente por quem o solicita, sejam Estados, bancos ou empresas. Tanto mais que as empresas de “rating” fazem frequentemente o duplo papel de consultoras e avaliadoras de risco de uma mesma empresa, situação que é fortemente potenciadora de conflitos de interesse.
O alarme soou com o adensar da crise do crédito de alto risco que abala os mercados financeiros desde o Verão.
A Comissão Europeia e o Senado norte-americano estão preocupados com a situação e querem apertar a vigilância sobre o sector e aumentar os mecanismos de transparência, encontrando-se actualmente a discutir de que forma, e por quem deverão ser reguladas estas agências. Instituições que classificam riscos de países, de Governos, de bancos e empresas, em questões tão sensíveis como o nível de cumprimento de pagamento de dividas, a qualidade do crédito, a solidez financeira e, entre outras, o endividamento. E cujo “selo de garantia” abre e fecha portas a créditos, a emissões obrigacionistas ou de títulos de tesouro, e a operações de titularização (financiamento garantido que vende receitas futuras). Vítor Constâncio, Governador do Banco de Portugal, já tinha sublinhado no mês passado que estava a ser analisada a nível internacional a possibilidade de as agências virem a ser reguladas.
Comissão aperta o cerco
Para já, a Comissão Europeia solicitou ao Comité Europeu de Reguladores (CESR) - órgão onde Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ocupa o cargo de vice-presidente - que aprofunde a análise do papel das empresas de “rating” na vida dos complexos instrumentos financeiros estruturados. Em causa poderá estar uma revisão do enquadramento da supervisão das instituições e destes produtos financeiros complexos. Neste momento estão sob escrutínio questões como a fiabilidade das notações, a avaliação dos conflitos de interesse, a transparência metodológica e a estruturação das fontes de rendimento.
No caso português, esta actividade está circunscrita a quatro sociedades, registadas na CMVM: a Companhia Portuguesa de Rating - única empresa portuguesa do sector, criada em 1988 e controlada pela SaeR de Ernâni Lopes -, além da S&P, a Moody´s e a Fitch.
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CMVM informa investidores sobre novas regras de investimento

In "Agência Financeira"

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou no seu site (www.cmvm.pt) três brochuras destinadas a esclarecer os investidores sobre as novas regras relativas ao investimento em mercado de capitais (DMIF) que entraram em vigor no dia 1 de Novembro.

«As novas regras resultaram da transposição da directiva comunitária sobre mercados de instrumentos financeiros (DMIF) pelo Decreto-Lei n,º 357-A/2007 e têm como principais objectivos reforçar a protecção dos investidores e melhorar a qualidade dos serviços que lhes são prestados pelos intermediários financeiros», refere em comunicado.

A informação que deve ser prestada pelos intermediários financeiros sobre instrumentos financeiros, quem pode dar ordens para investimento e como e onde são executadas, de que forma os conhecimentos e a experiência dos investidores determinam o modo como são tratados pelos intermediários financeiros são os temas das brochuras.

"Criação de valor para o accionista"

In "O Figueirense"

Sempre que ouvir falar em "Criação de valor para o accionista" tenha cuidado com esse título pode ter que sair a qualquer momento.

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O papel e objectivo fundamentais de qualquer gestor é criar valor para / na empresa que responsabiliza, o que não é obvia e exactamente a mesma coisa que criar valor para o accionista.
Um simples exemplo explica completamente a diferença: pressionado pelo accionista de referência, o gestor cria fontes virtuais de rendimento através de metodologias de “contabilidade criativa”, aumentando ou compensando resultados de exploração corrente com resultados extraordinários. O objectivo é manter ou fazer crescer o nível dos dividendos distribuídos. Como essa prática não está suportada nas libertações correntes e operacionais, o gestor só tem uma alternativa: endividar a empresa para cumprir com os compromissos da tal “criação de valor para o accionista”.
È que, de facto, gerir centrado na criação de valor para / na empresa dará sempre como consequência óbvia e imediata o tal acrescento de valor para o accionista – a inversa é que não é, de todo, verdadeira.
Dir-se-á que é um mero preciosismo de semântica – accionistas satisfeitos também atraem novos capitais de ansiosos pela comparticipação nos benefícios e, assim, contribuem para a solvabilidade e autonomia da empresa. Desculpem a barbaridade da resposta, mas essa era a técnica da D. Branca, até ao momento em que faltou o lorpa da vigésima quinta hora.
De facto, causa-me imensa confusão como é possível haver neste país tantos reguladores, tantos supervisores, tantos controleiros económicos e nenhum deles se assumir com a exigência pedagógica que deveria constituir uma das suas tarefas nucleares.
“- Onde está a câmara? Onde está a câmara? A mim, ninguém me tira estes cinco minutos de fama e o resto que se lixe ”.

“O petróleo é a origem de todas as agressões”

In "ECONOMIA - PUBLICO"

Presidente venezuelano ameaça com subida do preço do petróleo

Hugo Chávez adverte EUA sobre ataques ao Irão e Venezuela

Chávez diz que "o petróleo é a origem de todas as agressões"

O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, advertiu hoje os Estados Unidos sobre os riscos de ataques ao Irão e à própria Venezuela, nomeadamente a subida do preço do barril de petróleo até aos 200 dólares.
“Se os Estados Unidos forem loucos o suficiente para atacarem o Irão ou agredir de novo a Venezuela, o preço do petróleo poderá chegar aos 150 dólares ou mesmo aos 200 dólares”, afirmou Chávez, durante o seu discurso na abertura da terceira cimeira da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que decorre até amanhã em Riad, na Arábia Saudita.
“O petróleo é a origem de todas as agressões”, continuou o chefe de Estado venezuelano, acrescentando que essa é a “razão subjacente” da guerra no Iraque e as ameaças contra o Irão.
Chávez sublinhou que a “OPEP é hoje forte, mais forte do que alguma vez considerou”, defendendo que a organização “deve estabelecer como um agente geopolítico activo”. A OPEP deve “exigir aos países mais poderosos do mundo que parem de atacá-la”, reforçou o Presidente venezuelano, na sua intervenção.
Pronunciando-se depois de Chávez, o rei Abdallah da Arábia Saudita considerou que “o petróleo não deve transformar-se em ferramenta de conflito”. Segundo o monarca, a OPEP tem “dois objectivos principais: a protecção dos países membros e a economia mundial” e opor-se às “perturbações inopinadas dos preços do petróleo”.
O rei Abdallah anunciou ainda a criação de um fundo de 300 milhões de dólares para a protecção do ambiente financiado pela Arábia Saudita. “Anuncio que o reino vão doar 300 milhões de dólares para constituir um programa que vai financiar estudos sobre o ambiente, energia e alterações climáticas”, concluiu o monarca.

sábado, 17 de novembro de 2007

Copiar investimentos de Buffett duplica ganhos na bolsa

In "Jornal de Negócios Online"

Se Warren Buffet é o mais bem sucedido investidor de bolsa do mundo, por que não copiá-lo? Nos últimos 30 anos a carteira de Buffett rendeu sempre o dobro do índice S&P 500. Apostar nas mesmas empresas que Buffett investiu garantiria um retorno de 24,6% ao ano, desde 1977.

Nos últimos 30 anos a carteira de Buffett rendeu sempre o dobro que o S&P 500, o índice de referência nos EUA.

Investir nas mesmas empresas que Buffett investiu garantiria um retorno de 24,6% ao ano, desde 1977, segundo um estudo de dois professores universitários citado pela agência Bloomberg.

O S&P 500 subiu 1.391% nos últimos 30 anos.

No entanto, Warren Buffet, através da sua empresa de investimento Berkshire, conseguiu duplicar este ganho.

Por esta razão, dois investidores pagaram 650.100 dólares (443,6 mil euros) para jantar com ele.

Um deles afirmou: "Um macaco poderia ter batido facilmente o S&P 500 se seguisse as compras e vendas de Warren Buffet".

As mais recentes participações adquiridas pela Berkshire foram na CarMax, uma empresa de carros usados, e na Burlington Northern, uma das maiores empresas de caminhos-de-ferro.

Depois de Buffett ter anunciado a compra, as acções destes grupos dispararam, beneficiando da entrada dos seus seguidores.

Bank chief warns of stock risks

In "Reuters"

LONDON (Reuters) - Stock markets around the world could be in line for falls and this could cause major ructions for the global economy, Bank of England Governor Mervyn King said on Wednesday.

"It's very striking that despite developments we've seen in the last three months, equity prices are on average higher now than they were in August. This is true around the world and in emerging markets, they're 20 percent higher. There must be some downside risks there," King told reporters at a news conference.

The MSCI world equity index hit a record high at the start of the month and some Asian stock markets are up almost 50 percent since the start of the year.

A fall in equity markets, he said, could have a bigger impact on the world economy than the recent credit squeeze.

"The repricing of risk we have talked about for some considerable time hasn't really fed through to markets such as equity markets and if there were to be an adjustment of risk premia in equity markets, with a fall in asset prices, then that could have a bigger impact on the world economy," King said.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

“Subprime” provoca perdas de 3 mil milhões no Bank of America

In "Jornal de Negócios Online"

O Bank of America anunciou hoje que irá realizar uma amortização de activos no valor de 3 mil milhões de dólares, só no quarto trimestre deste ano, devido ás perdas provocadas pela crise no mercado de crédito de alto risco, o "subprime".

Esta amortização está relacionada com a desvalorização dos activos relacionados com a queda dos activos ligados ao crédito hipotecário de alto risco.

"Com as condições do mercado a alterarem-se e possivelmente a piorarem, podem ocorrer novas diminuições no valor dos activos", alertou o CFO do segundo maior banco de investimento de Wall Street.

Também hoje, a Goldman Sachs anunciou que não está à espera de realizar mais amortizações de activos significativas. Já a Merrill Lynch desmentiu uma notícia da CNBC, que dava conta de que o banco iria cortar 25% da sua força de trabalho na área de taxa fixa.

1 euro = 1,4591 dólares

“Ter um campeão português na banca é importante para protecção de Espanha”

In "Jornal de Negócios Online"

Entrevista a gestor de acções da Schroders
O responsável da Schroders, uma das maiores gestoras de activos da Europa, acredita que 2008 vai ser um ano negativo para as bolsas. Portugal não é excepção. No entanto, existem oportunidades, uma delas na banca. Lynch apoia a fusão entre BPI e BCP.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Andy Lynch mostra-se positivo com a possível fusão dos dois bancos: "o que sei até agora, dá-me confiança de que poderá haver algum valor acrescentado com esta fusão. A fusão é ainda essencial do ponto de vista nacional. Ter um grande campeão português na banca é importante para protecção de Espanha. Há vantagens para os accionistas, tendo em conta as sinergias criadas, e tenho esperança que a fusão venha a ter também benefícios para os consumidores, porque poderá resultar numa melhoria de produtos e serviços".

“Na REN é preferível ser cliente do que accionista”

In "Jornal de Negócios Online"

Andy Lynch acompanhou o IPO da REN, mas tem "algumas dúvidas sobre o potencial da empresa por causa da regulação".

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o gestor de acções europeias da Schroders diz que "a regulação portuguesa é muito severa, porque o bom desempenho operacional da empresa não é partilhado. O que me obriga logo a comparar a estrutura de regulação da REN com a Rede Eléctrica de España".

"Prefiro ter acções da REE, porque quando a empresa melhora os seus rácios, esses benefícios são me dados enquanto accionista. Isso não acontece na REN, onde é preferível ser cliente do que accionista", conclui.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Galp Energia ganha quase 25% e fixa novo recorde nos 15,43 euros

In "Jornal de Negócios Online"

As acções da Galp Energia subiram 24,7% para os 15 euros, depois de terem chegado a valorizar um máximo de 24,94% para os 15,43 euros, valor que representa o valor mais elevado de sempre. Já ontem, os títulos tinham registado uma forte performance ao valorizarem 13,9%.

...

A companhia nacional beneficiou de revisões em alta das avaliações para os seus títulos por parte de várias casas de investimento, isto depois de ontem terem sido anunciadas novas descobertas petrolíferas no Brasil, no Tupi Sul onde a Galp detém 10% do consórcio. A Petrobras e a BG Group são as outras companhias do consórcio.

...

O "target" da Morgan Stanley foi fixado em 17,10 euros e a recomendação foi mantida em "overweight", enquanto a Merrill Lynch subiu o preço-alvo da Galp para os 16,00 euros, atribuindo uma recomendação de "comprar" para as acções da empresa petrolífera nacional. A UBS também reviu o "target" para 12,70 euro e a recomendação para "neutral".

Ontem, a Galp Energia anunciou que foram concluídas as análises do poço Tupi Sul, no Brasil, estimando-se que o volume recuperável de óleo leve de 28º API ascenda, em reservas, entre cinco a oito mil milhões de petróleo e gás natural.

A avaliação realizada ao potencial petrolífero do pré-sal nas bacias do Sul e Sudeste brasileiros "permite estimar que os volumes recuperáveis de óleo e gás para os reservatórios do pré-sal, se confirmados, elevarão significativamente a quantidade de óleo existente em bacias brasileiras, colocando o Brasil entre os países com elevado nível de reservas de petróleo e gás do mundo", revelou a empresa num comunicado.

 
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