quinta-feira, 22 de maio de 2008

Portugal é o país da UE com mais desigualdades na distribuição de rendimentos

In "PUBLICO.PT":

Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal.
O relatório é o principal instrumento que a Comissão Europeia utiliza para acompanhar as evoluções sociais nos diferentes países europeus. Os indicadores de distribuição dos rendimentos mostram que os países mais igualitários na distribuição dos rendimentos são os nórdicos, nomeadamente a Suécia e Dinamarca.
"Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos.
Contudo, se forem comparados os coeficientes de igualdade de rendimentos dos Estados-membros com o respectivo PIB (Produto Interno Bruto) por habitante constata-se que os países como um PIB mais elevado são, na sua generalidade, os mais igualitários.

 

P.S.: Desigualdade diminui após forte correção de dados pelo INE

In "Jornal de Negócios":

O Instituto Nacional de Estatística (INE) procedeu a uma acentuada revisão dos números sobre a desigualdade na repartição do rendimento. Embora não tenha alterado a posição de Portugal como campeão do fenómeno na União Europeia, a alteração fez com que o primeiro ano de governação de José Sócrates - 2005 - deixasse de poder ser apontado como o período com maior fosso entre pobres e ricos de que há registo.
O pico das desigualdades, medidas pela distância que separa o rendimento dos 20% mais ricos dos 20% mais pobres, situa-se agora em 2003, altura em que o País era dirigido pelo governo social-democrata de Durão Barroso.
A evolução da distribuição do rendimento voltou a agitar o debate político, no rescaldo da divulgação de um estudo coordenado por Bruto da Costa, presidente do Conselho Económico e Social, noticiado pelo jornal "Público", em que se conclui que metade das famílias portugueses viveram, entre 1995 e 2000, pelo menos um ano em situação de pobreza.

P.S.2.:

In "nossomoscapazes.blogspot.com":

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O indicador das disparidades de rendimento compara os 20 por cento mais ricos com os 20 por cento mais pobres. Corrigidos os dados, descobre-se que a amplitude das disparidades não é de 8,2 vezes, como tinha sido anunciado, mas de 6,9.

Observando o gráfico, verifica-se que, após um pico em 1995, se assiste a um decréscimo, de melhoria, acentuado das disparidades de rendimento com os governos de António Guterres e volta a melhorar com o José Socrates . Mas o indicador volta a subir e a piorar para os portugueses com o Governo de Durão Barroso em 2002 e 2003, no qual pontificava a ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, que subitamente agora aparece apoquentada com “preocupações sociais”.

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