segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Dona Branca" de Almada lesa centenas de pessoas

In "Jornal de Negócios Online":

Surgiu mais uma "Dona Branca", desta vez em Almada. A informação é avançada pelo "Jornal de Notícias", que conta que centenas de pessoas terão sido lesadas num esquema financeiro muito parecido com o da banqueira do povo.


“Recebeu dinheiro de uns, acenando altos juros, para poder emprestar a outros. Um esquema financeiro montado por mais uma ‘Dona Branca’, de quem se desconhece o paradeiro, e que atingiu centenas de pessoas em todo o país”, refere o “JN”.


A sua empresa funcionava no Espaço 12 do Centro Comercial Sommer, em Almada, sob o nome de A. Caetano e Silva. Quem precisava de dinheiro e se deslocava a esta firma, tinha de desembolsar perto de mil euros só para a abertura do processo para a concessão de empréstimo. Muitos acabaram por perder este dinheiro, sem nunca terem recebido crédito, noticia aquele jornal.


O esquema financeiro era idêntico ao da Dona Branca. A A. Caetano e Silva funcionava como uma agência de depósitos e empréstimos e “a falsa banqueira prometia facilidades a quem os bancos rejeitam crédito”.
“A A. Caetano e Silva aguarda o julgamento em quatro processos, nos quais está acusada pelos crimes de burla e falsificação de documentos, e conta também com dezenas de queixas contra si nas autoridades da região. A mulher tem angariadores por todo o país”, salienta o “JN”.


Para obter uma reacção a estas acusações, o JN contactou a A. Caetano e Silva, através dos três números de telemóvel de que dispõe, mas sem sucesso. Ainda assim, um dos equipamentos acabou por ser atendido por um homem, que se identificou como sendo o seu ex-companheiro. “Através deste, tentou marcar-se então uma reunião nos escritórios do Centro Comercial Sommer, com o objectivo de perceber como funcionava o negócio. Mas chegado ao local, o JN foi confrontado com várias pessoas que tinham escolhido a mesma tarde para reclamar dos prejuízos que, alegadamente, a 'banqueira' lhes provocou”, refere o jornal.
“Convenceu-me a assinar um reconhecimento de dívida e uma letra em branco, que lhe dá possibilidade de me executar os bens. E não sei dela. Mudou os números de contacto. Disseram-me na PSP que ela perdeu a dimensão ao negócio", adiantou um dos clientes, sob anonimato”.


A agência de depósitos e empréstimos, localizada no espaço 12, no primeiro andar daquelas galerias comerciais, encontra-se fechada e sem qualquer indicação do paradeiro da proprietária.

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