sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quer trabalhar em Wall Street? Torne-se primeiro um ás no "Poker"

In "Jornal de Negócios Online":

poker_street Alguns dos melhores candidatos a empregos de operador de mercados, em Wall Street, são jogadores profissionais de póquer “online”. Quem o diz é o professor de finanças comportamentais da Universidade de Harvard, Brandon Adams que explicou as razões à Bloomberg.


Um número crescente de “hedge funds” e empresas que operam no mercado estão a monitorizar jogadores profissionais de póquer procurando talento e capacidades analíticas, segundo a Bloomberg que cita empresas de recrutamento para clientes de Wall Street. Várias casas de investimento utilizam o póquer, para ensinar os seus “trainees” a pensarem em termos estratégicos, avança a Bloomberg.


“Eles são na essência, sobreviventes do sistema. Um sistema difícil, onde 95% das pessoas perdem dinheiro”, segundo disse Adams em entrevista à Bloomberg. “Alguém suficientemente esperto e disciplinado para sobreviver nesse sitema, vai provavelmente sair-se muito bem no mundo da bolsa”, explicou.

Além disso, o conjunto de capacidades necessárias a um bom “trader”, faz parte das competências de um jogador de póquer que ganha dinheiro.


A capacidade de abordar o risco de forma racional, de decidir depressa e sob pressão, bem como um memória bem treinada, são enumeradas pelas empresas que recrutam para as firmas financeiras de Wall-Street, como necessárias a um bom “trader”.


Mas essas são também as características que distinguem um bom jogador de póquer, de um que perde dinheiro consistentemente, disseram à Bloomberg.


“Alguém que conseguiu viver do seu desempenho no póquer durante uns anos, tem mais probabilidade de ser um bom operador de bolsa do que alguém que não o fez”, disse o antigo jogador de póquer e actual gestor de risco da AQR Capital Management, Aaron Brown. “Eles sabem ir mais longe quando têm vantagem e sabem como não exagerar. Essa é uma combinação difícil de encontrar”, acrescentou.


Brown é também exemplo disso. Sendo o autor do livro “The Poker Face of Wall Street”, o gestor de risco que jogou ao longo póquer ao longo da vida e que deixou de tentar ser profissional ao fim de uns dois anos a tentar, explica sua decisão: “Acabei por perceber que [trabalhar em] finanças era mais fácil”.

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