segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Resultados anuais da REN

In "Jornal de Negócios":

No mercado há pouco mais de sete meses, a REN tem desde o início como principal catalisador em Bolsa o seu estatuto de título refúgio, que a apresentar como uma aposta de segurança em momentos de maior instabilidade e incerteza, como os que actualmente se vivem nos mercados accionistas. Além disso, as alteração ao nível da regulação, que são esperadas no sector, são também encaradas pelos analistas como um ponto forte a favor da empresa.

Privatizada em Julho do ano passado, a empresa é encarada pelos analistas como um título que não é susceptível de obter elevadas valorizações a curto prazo, sendo encarada mais numa perspectiva a longo prazo e de crescimento gradual. O facto de praticamente não estar exposta ao risco, com um fluxo de receitas mais previsível, uma vez que está dependente da regulação, é considerado outro aspecto positivo. Também a forte política de remuneração da REN, uma das melhores do mercado, tem seduzido os investidores, que procuram retornos certos.

“A REN é uma empresa com um ‘core business’ bastante estável, pois sendo uma ‘utility’, mesmo que a economia abrande os consumidores continuarão a necessitar de electricidade no seu dia-a-dia”, realça Sara Amaral. A analista da Lisbon Brokers considera ainda que o facto da REN ser uma empresa com um negócio regulado “origina uma grande estabilidade de receitas e proveitos operacionais, o que acrescentando a um dividendo de 4,7% [rentabilidade], torna a empresa bastante atractiva em momentos de maior volatilidade”.

As receitas da REN são definidas pelo sistema regulatório, o que torna os resultados da companhia estáveis durante um período de três anos. Para João Carlos Mateus, analista do Millennium bcp, as perspectivas de mudança na regulação, com vista a uma maior integração no mercado ibérico, só podem ser positivas para a empresa. “O sistema português é um dos piores da Europa e o espanhol um dos melhores, por isso será sempre o português a melhorar, o que tem um impacto positivo para o valor da REN”, explicou.

Porém, o sistema regulatório funciona como uma faca de dois gumes. Se por um lado garante estabilidade nas receitas, por outro a taxa pode ficar desactualizada. Na opinião do analista do BCP, “se houvesse uma actualização à inflação da  base de activos, isso teria um impacto fortemente positivo na avaliação” da empresa liderada por José Penedos.

2007 marcou ainda a entrada da empresa no mercado do gás. No ano passado, a companhia lançou-se neste sector, num investimento que poderá impulsionar os títulos, visto que se trata de um mercado em crescimento, ao contrário da electricidade, onde Sara Amaral acredita que há algumas “limitações de crescimento”.

Apesar da Oferta Pública de Venda (OPV) das acções da REN ter sido um sucesso, a empresa não escapa ao sentimento negativo e em 2008 acumula uma desvalorização de 6,08%. Ainda assim, desde a sua privatização, valoriza mais de 23%.

REN

O Estado controla 31% da empresa
Estrutura accionista da REN

As acções caíram mais de 6% em 2008
Evolução dos títulos desde o início do ano

Fonte: REN. Fonte: Bloomberg.

Desde que entrou em bolsa, em Julho do ano passado, a empresa acumula uma valorização de mais de 23%. Ainda assim, a REN não conseguiu escapar ao sentimento negativo vivido pelo mercado em 2008 e perde 6,08% desde o início do ano, registando o 7º melhor desempenho do PSI-20. O elevado dividendo que deverá pagar aos accionistas e as perspectivas de alterações na regulação podem levar a uma valorização das acções da empresa.

 

A empresa deverá pagar um dividendo de 13 cêntimos.

Os resultados dos primeiros nove meses do ano passado não são comparáveis com o período homólogo de 2006, devido à integração do negócio do gás no terceiro trimestre de 2007.

Fonte: Bloomberg e REN.
Os primeiros seis indicadores são referentes aos primeiros nove meses de 2007.

Ver artigo completo em: http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=312018

Como ganhar depois da crise!

In "Jornal de Negócios":

...Nos últimos meses o sector tem vindo a colher as tempestades que ajudou a semear. Os bancos americanos fizeram empréstimos com taxas de juro baixas a clientes com um risco de incumprimento elevado (os créditos do segmento “subprime” - abaixo do “prime”). Em cima disso, as instituições financeiras de todo o mundo investiram em produtos correlacionados com aquelas dívidas, cujo valor caiu a pique quando as famílias deixaram de pagar os empréstimos. O problema alastrou a outros segmentos do mercado de crédito, provocando perdas de muitos milhares de milhões de euros nos bancos, descapitalizando-os. Como se não bastasse, algumas instituições de referência na Europa, como o Société Générale e o Credit Suisse, foram abaladas por fraudes milionárias praticadas pelos seus corretores...

Bancos em queda há sete meses

Evolução do índice europeu DJ Stoxx Banks Fonte: Bloomberg.

 

 

Cinco acções para ganhar depois da crise

1º BBVA - Espanha

Grupo de serviços financeiros com um sólido posicionamento em Espanha e forte presença internacional, em 32 países.
É dos bancos mais eficientes da Europa, além de ser também dos mais baratos, face à média.
As casas de investimento atribuem um potencial de subida de 43,4% às acções do BBVA. O “target” médio é de 19,63 euros.

2º Santander - Espanha

É o maior banco da Península Ibérica e um dos maiores do mundo, com forte presença na América Latina.
Tem um rácio de eficiência acima da média, sendo a rentabilidade do dividendo uma das mais atractivas do sector.
Os analistas recomendam comprar acções, esperando um retorno de 41,9%, face ao “target” médio de 16,67 euros.

3º Allied Irish Bank - Irlanda

Banco comercial e de investimento, com presença no Reino Unido, na Polónia e nos Estados Unidos da América.
Apresenta a melhor rentabilidade face ao dividendo estimado para 2008 entre todos os bancos europeus.
O preço-alvo médio do AIB é de 18,67 euros, o que confere aos títulos do banco um potencial de subida de 35,2%.

4º Anglo Irish Bank - Irlanda

Portugal é um dos países onde o AIB está presente a nível internacional, além do Reino Unido, Suiça, Áustria e EUA.
É o mais eficiente da Europa e dos mais baratos do sector, ainda que seja dos menos generosos para os accionistas.
Excluindo o BPI, o Anglo Irish é o banco que oferece maior potencial de subida. O “target” médio é de 13,7 euros.

5º HBOS - Escócia

É líder na concessão de crédito à habitação e nos depósitos no Reino Unido e actua na banca de investimento e seguros.
O banco escocês é dos mais baratos face aos resultados e conta com uma remuneração accionista atractiva.
O potencial das acções é de 28%, tendo em conta que a média das avaliações aponta para um valor de 849 pences.

...

PER: os lucros do banco sustentam a cotação?

O “Price Earnings Ratio”, ou PER, é o indicador preferido do mercado para definir se a acção de uma cotada está barata ou cara, tendo por base os resultados líquidos da empresa. Este rácio corresponde à divisão da cotação pelos lucros por acção, obtendo-se o número de vezes que o valor dos títulos excede os resultados da empresa. Quanto menor é o número de vezes que a cotação é superior aos lucros por acção, mais atractiva está a cotada.
Analistas e o potencial de subida das acções

As avaliações dos analistas, que têm por base os dados fundamentais das empresas resultam no habitual “preço-alvo”. Este valor, a doze meses, representa a expectativa das casas de investimento para o retorno das acções das cotadas. Comparando este “target” com a cotação actual de mercado encontra-se o potencial de valorização que, no caso do BPI, é o mais elevado, dado o desempenho negativo este ano.
Qual o mais generoso para o accionista?

A remuneração accionista é um dos aspectos mais relevantes para muitos investidores. Em momentos mais conturbados de mercado, os títulos que oferecem maior rentabilidade do dividendo tendem a ser preferidos pelos investidores. O “dividend yield” divide o valor do dividendo pela cotação. Ter um “dividend yield” de 5%, por exemplo, significa que o accionista recebe cinco euros em dividendos por cada 100 euros investidos em acções.
Identifique os bancos mais eficientes

O “cost to income” é o rácio utilizado para medir a eficiência da banca: quantas receitas conseguem gerar com aqueles custos? Este indicador afere o peso dos custos na obtenção das receitas (produto bancário), dando uma medida da eficácia do banco. Quanto mais alto for o peso, menos proveitos o banco liberta. Os bancos eleitos têm um rácio de eficiência inferior à média, destacando-se o desempenho das instituições espanholas.
EPS: quanto vão crescer os lucros?

O “earnings per share” (EPS) representa os lucros por acção divulgados pelo banco nos últimos 12 meses (valor dos lucros dividido pelo número de acções emitidas). Na análise foi utilizada a estimativa dos analistas para o crescimento deste indicador este ano, o que permite perceber que bancos vão criar mais valor para os accionistas. O BCP surge entre os cinco bancos com a previsão de subida dos lucros mais elevada.
“Core Capital”: quão saudável está o banco?

O rácio “core capital”, ou “core Tier 1” é a medida de solvabilidade das instituições financeiras mais importante, avaliando de forma ponderada pelo risco o peso dos créditos e outros activos nos capitais próprios (capital e lucros de exercícios passados não distribuídos aos accionistas). Ou seja, permite aos investidores perceber o quão saudável está o banco e qual a sua capacidade de crescimento.

Fonte: Bloomberg, bancos de investimento e cálculos Jornal de Negócios.
Os dados são referentes a quinta-feira, dia 21 de Fevereiro.

Ver os varios artigos em: http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_InvestidorPrivado&CpContentId=312030

e http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=312022

e http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=312026

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O jogo das acções

O investimento em acções, É ou não um jogo?


In "Jornal de Negócios":

.... há alguma gente na zona académica e do investimento profissional que continua, apoplecticamente, a assegurar que o investimento em acções não é um jogo.


"Vade retrum"! Então essa gente nunca ouviu falar de von Neumann, dos prémios Nobel da economia sobre Teoria de Jogos e mercados financeiros, em 1995 e 2004, e chegaram ao cúmulo de não ver o premiadíssimo " A mente brilhante", de Ron Howard, sobre a vida de John Nash (esta última "gaffe" é imperdoável, tanto mais que no filme a estrela era a Jennifer Connaly, mais sublime que nunca)?!


Trata-se de não conseguir ultrapassar a ideia que "jogo" é obrigatoriamente algo relacionado com sorte e azar, quando von Neumann teorizou exactamente sobre comportamentos racionais, até imediatamente com o primeiro "puzzle" de que tratou, o famoso "dilema do prisioneiro".


Investir em acções não é a vermelhinha, meus amigos, mas é definitivamente um jogo, que se pode definir e caracterizar assim:


- Actividade humana racional que envolve interacção estratégica, em ausência de conflitualidade mas com eventual competição; podendo, porém , ir a um alto grau de cooperação, principalmente em algumas variantes; que concede aos jogadores uma, no mínimo, razoável quantidade de informação, mas não a informação absoluta e total; com o objectivo de ganhar o máximo possível, mas dentro dos parâmetros de risco definidos por cada um dos intervenientes, pois não é rigorosamente igual para todos; sendo o resultado final gradativo, porquanto não existe a dialéctica vitória-derrota; dependendo o resultado da perícia do jogador; aberto a todas as pessoas às quais se procura conceder, sem conseguir, iguais oportunidades; assimétrico; e, finalmente, com a natureza de SOMA POSITIVA, que vai permitir que, com tempo adequado e diversificação, todos ganhem.


Ver o artigo completo em: http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=311911


P.S.: O Dr. Fernando Braga de Matos é o autor do livro 'Ganhar em Bolsa', ed. D. Quixote.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Seis acções para lucrar com a crise

In "Jornal de Negócios":

    ...

As seis empresas melhor colocadas em cada um dos indicadores utilizados na análise

1.
PT

A mais atractiva

- A operadora é das mais baratas face aos resultados operacionais e tem uma elevada rentabilidade dos capitais;
- Tem a segunda melhor rentabilidade do dividendo;
- O risco é inferior ao do mercado.

2.
Semapa

Potencial de valorização

- É a que tem maior potencial de valorização face ao preço-alvo médio de 14,9 euros. Face ao preço de fecho a quinta-feira, o “upside” é de 90%; l O rácio entre a cotação e os lucros por acção é dos mais baixos do PSI-20.

3.
BPI

Rentabilidade do dividendo

- A forte queda nas cotações tornou o BPI na cotada do PSI-20 com a rentabilidade do dividendo mais atractiva: 5,67%;
- Com um preço-alvo médio de 6,13 euros, o banco tem um poten-cial de valorização de 84,6%.

4.
BES

Baixo risco, boa remuneração

- O banco tem uma rentabilidade do dividendo superior à média; l Com um beta de 0,825, o BES é dos títulos com menos risco; l É, também, o banco com o melhor rácio de eficiência entre os três do PSI-20.

5.
Portucel

Barata e com potencial

- A empresa de pasta e papel tem um rácio entre a cotação e os lucros baixo, de 10 vezes, muito inferior ao do sector: 31,9 vezes;
- A Portucel tem sido uma das empresas mais penalizadas em bolsa. Resultado: a cotação está 80% abaixo do preço-alvo.

6.
Cimpor

Uma aposta na consistência

- A cimenteira não lidera em nenhum dos indicadores, mas consegue uma classificação honrosa em quase todos;  
- A rentabilidade de 4,06% do dividendo faz da empresa uma boa aposta em tempos de maior turbulência.

A escolha das empresas teve por base a utilização de seis indicadores, que combinam diferentes perspectivas de análise. A relação entre a cotação e os lucros por acção e o EV/EBITDA permitem perceber se a cotação da empresa está “cara”, enquanto a rentabilidade dos capitais próprios fala sobre a sua eficiência. Dado o presente contexto de turbulência, foi também considerado o risco (beta), bem como a remuneração aos accionistas. A análise inclui, ainda, o potencial de valorização, tendo em conta os preços-alvo médios. De forma a privilegiar os títulos mais representativos, foram apenas utilizadas as empresas do índice PSI-20. Para os bancos, foi ainda utilizado o rácio de eficiência – embora ele não surja nas tabelas –, uma vez que o EV/EBITDA não se aplica. Para encontrar as vencedoras, foi atribuída uma pontuação de 1 (piores) a 5 (melhores) nos vários critérios. Os indicadores têm todos a mesma ponderação.

PER: Quem tem os lucros mais baratos

Os líderes no potencial de valorização

O “preço” dos resultados operacionais

Altri e BPI têm o PER mais baixo

Sonae Índústria tem o maior “upside”

Semapa é a que tem o EBITDA mais barato

O PER (’price earnings ratio’) é um dos indicadores mais utilizados para aferir se uma acção está atractiva. Corresponde à divisão da cotação pelos lucros por acção nos últimos 12 meses, obtendo-se o número de vezes que o preço em bolsa excede os resultados. Por exemplo, uma acção que tenha uma cotação de 10 euros e um lucro por acção de 0,5 cêntimos, significa que tem um PER de 20. Outra empresa com o mesmo resultado líquido, mas que transaccione a 5 euros, tem um PER de 10. Logo, a segunda empresa está mais “barata” do que a primeira. Os analistas utilizam a análise fundamental para definir a avaliação de uma empresa. Esta tem em conta indicadores financeiros correntes como o valor dos activos e a dívida, mas também a evolução esperada dos resultados da empresa. Esta avaliação é, normalmente, expressa num preço por acção, o chamado preço-alvo. A tabela ao lado utiliza os preços-alvo médios das casas de investimento que cobrem cada uma das empresas. A queda das cotações deixou várias empresas muito longe do valor fundamental. O Enterprise Value/EBITDA é mais um indicador que permite perceber se uma empresa está “cara” ou “barata”. Este rácio divide o “enterprise value” pelo EBITDA gerado nos últimos 12 meses. A maneira mais simples de chegar ao “enterprise value” é somar a capitalização bolsista com a dívida líquida. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) espelha o desempenho operacional da empresa. Quanto mais baixo for este rácio, mais atractiva está a empresa.

Diz quanto me pagas,
dir-te-ei quanto vales

Beta: medida de risco das acções

ROE: A melhor rentabilidade dos capitais

BPI tem o “dividend yield” mais atractivo

Brisa e PTM têm o risco mais baixo

REN e PT no topo da eficiência

A remuneração aos accionistas  ganha maior importância em tempos de incerteza. A medida habitualmente usada para aferir as empresas mais generosas é a rentabilidade do dividendo (’dividend yield’). Este equivale ao rácio entre a cotação e o dividendo por acção, multiplicado por 100. Quanto mais baixo o preço (cotação) e mais alto o dividendo, mais elevada será a rentabilidade deste. Na prática, pode ser comparado ao “juro” que uma empresa oferece, independentemente da variação das cotações. O beta é uma medida de risco, que permite aferir a sensibilidade da variação da cotação de uma empresa em relação ao índice de referência do mercado onde está cotada. Assim, um beta de 1 significa que o preço das acções varia na mesma proporção que o índice. Se o beta for superior a 1, estamos perante uma empresa mais volátil que o mercado, enquanto se for inferior, trata-se de uma empresa menos arriscada. Numa altura de maior turbulência nas acções, a ponderação deste indicador permite diminuir o risco da carteira. Este é um indicador que permite aferir a eficiência de uma empresa na utilização dos seus capitais próprios (o capital social acrescido dos lucros passados e correntes). A forma mais simples de calcular o rácio (’Return on Equity’ - ROE) é através da divisão  dos resultados líquidos pelos capitais próprios. Quanto mais alto, mais valor a empresa está a conseguir com os seus capitais, logo, mais valor está a criar para os accionistas. Além da comparação com o mercado, a análise pode incluir as empresas do sector em que se insere.

Fonte: Bloomberg, bancos de investimento e cálculos Jornal de Negócios.
Os dados são referentes a quinta-feira, dia 31 de Janeiro.

Ver artigo completo em: http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=310718

sábado, 19 de janeiro de 2008

AMD (Advanced Micro Devices) com prejuizo

In "Meio Bit" 18-JAN-08:

A AMD, tal como a Intel, divulgou também esta semana os números do último trimestre de 2007 (o chamado 4Q07), mas ainda não auditados.

A fabricante de chips de Sunnyvale amargou um prejuízo de US$ 1,8 bilhões nos últimos 3 meses de 2007, acumulando para o ano o saldo negativo de US$ 3.379 bi. Diante dos resultados consolidados, a ATI, adquirida em 2006, agora vale 30% menos.

O diretor financeiro Robert Rivet afirmou ontem que a empresa chegou próximo ao chamado break-even point operacional, ou seja, o ponto em que as perdas se igualam aos ganhos. Rivet ainda declarou que as margens operacionais da empresa subiram devido a aumento nas vendas médias (incluindo o recorde de 400 mil processadores quad-core) e ações de contenção de custos.

Para comparação:

(em dólares)                     Q4 2007       vs. Q4 2006

Receita                             $ 1.770 bi      $ 1.773 bi

Resultado Operacional    - $ 1.678 bi     - $ 529 mi

Resultado Líquido           - $ 1.772 bi     - $ 576 mi

EPS                                 - $ 3,06           - $ 1,08

Então, em resposta ao artigo de ontem sobre os resultados da Intel, que pergunta o que os acionistas da AMD estão achando dos números reportados... a resposta é evidente: prejuízo avançado sem bom resultado só demanda venda das ações. Por isso, ontem, assim como nos últimos 2 anos, as ações da AMD fecharam em queda e as perspectivas para o primeiro trimestre de 2008 não são boas, pois tradicionamente o período é mais tênue em vendas para manufaturadoras de tecnologia.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Fé nos negócios

In "ECONOMIA - PUBLICO.PT"

As religiões do mundo definiram há séculos formas de estar no mundo dos negócios, que perduram nos dias de hoje. A forma como o dinheiro e o lucro são vistos pelo catolicismo, islamismo, hinduísmo, budismo e judaísmo mostra que há mais pontos em comum do que diferenças.
Nos almoços organizados pela Associação Cristã de Empresários e Gestores reza-se o Pai Nosso antes da refeição. Um gestor judeu reserva os Sábados para a oração na Sinagoga, nem que nesse dia esteja para ser assinado o seu maior negócio de sempre. Num restaurante muçulmano apresenta-se aos clientes carne de animais abatidos e sangrados no matadouro de acordo com rituais islâmicos. Um hindu prefere não ostentar dinheiro e fazer doações para potenciar bom karma. No Budismo ganhar dinheiro não é uma coisa má: o que conta é a intenção.
A religião está no meio de nós. Não só estrutura planos de negócio, como define normas e condutas a seguir. Séculos antes de existir qualquer abordagem filosófica à ética empresarial, as religiões já a definiam. E mesmo que todos os dias se fale em crise de fé, a verdade é que três em cada quatro pessoas diz ser religiosa. Como afirma Domenèc Melé, professor e director do departamento de Ética Empresarial da Escola de Negócios IESE, em Espanha, as crenças fornecem mapas de acções nos negócio e a “ética religiosa está mais viva, hoje, do que a moral filosófica das implicações do negócio para a comunidade”. Num mundo global, gerir a diversidade implica conhecer a abordagem ao negócio das várias religiões.

...

Ver artigo completo em: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1315620

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

CEO em Portugal ganham cerca de 34,4 mil euros por mês

In "Jornal de Negócios Online"

Os presidentes executivos das empresas portuguesas ganham cerca de 482 mil euros anuais, ou seja, 34,4 mil euros por mês.

Estes são dados da consultora Mercer, relativos a Junho de 2007 e que traduzem a mediana (valor central da distribuição dos dados) dos ordenados dos CEO. Este valor é composto pelo salário base, restantes componentes fixas, remuneração variável e benefícios.

Na lista das funções melhor remuneradas, seguem-se as funções de administrador delegado, às quais é atribuído um salário total anual mediano de 250,4 mil euros.

Mais abaixo na tabela, um director-geral recebe um pacote salarial total cerca de 185,8 mil euros anuais.

No que respeita às linhas directivas, a direcção de produção é aquela que recebe um salário menor: nestas funções, a remuneração anual mediana é de 98,4 mil euros. Ou seja, pouco mais de 7 mil euros por mês (valores a 14 meses).

RANKING ORDENADO DE ACORDO COM:

Annual Guaranteed Cash (Salário Base + Componentes Fixas)

Título da Função

1º Quartil

Mediana

3º Quartil

Presidente

246.328

304.429

360.520

Administrador Delegado

147.129

167.842

217.251

Director Geral

107.135

127.435

139.780

Director Financeiro e Administrativo

94.500

107.689

132.411

Director de Recursos Humanos I

92.749

99.758

112.664

Director Comercial I

85.056

94.528

106.852

Director de Sistemas de Informação I

84.752

93.539

110.050

Director Comercial e Marketing

76.198

93.457

107.188

Director de Auditoria

86.980

93.225

114.217

Director Unidade de Negócio

79.023

90.436

105.422

Director Fabril/Industrial

80.419

90.000

99.060

Director de Relações Públicas

70.350

83.661

95.074

Director Financeiro

68.880

80.364

83.498

Director de Logística

68.528

79.023

86.223

Director de Marketing

68.093

76.787

91.223

Director de Serviços Jurídicos

62.650

74.661

84.948

Director de Recursos Humanos II

62.195

72.566

78.142

Director de Engenharia e Manutenção

59.433

70.413

78.040

Director Comercial II

65.188

70.402

73.094

Director de Qualidade

60.936

70.396

77.503

Fonte: Mercer

 

 

 

 

 

RANKING ORDENADO DE ACORDO COM:

Total Compensation (Salário base + Componentes Fixas + Incentivos + Benefícios)

Título da Função

1º Quartil

Mediana

3º Quartil

Presidente

354.429

482.043

640.122

Administrador Delegado

209.173

250.383

335.669

Director Geral

150.814

185.763

226.256

Director Financeiro e Administrativo

139.418

161.068

201.088

Director de Recursos Humanos I

137.582

159.005

178.350

Director de Auditoria

126.546

147.082

173.798

Director Comercial I

124.595

145.651

174.510

Director Unidade de Negócio

112.271

136.349

172.540

Director de Sistemas de Informação I

124.549

135.934

165.608

Director Fabril/Industrial

111.792

132.129

159.210

Director de Relações Públicas

105.169

131.222

145.735

Director Comercial e Marketing

106.395

126.835

160.653

Director de Logística

104.164

115.918

139.872

Director Financeiro

101.743

115.613

128.262

Director de Marketing

97.372

112.671

135.765

Director de Serviços Jurídicos

84.022

109.464

125.784

Director de Recursos Humanos II

88.300

103.889

126.068

Director Comercial II

86.415

102.461

112.378

Director de Qualidade

85.919

100.300

116.066

Director de Produção

83.881

98.378

117.176

Fonte: Mercer

 

 

 

 
View My Stats