terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Accionistas devem ter maior controlo sobre as remunerações dos administradores

In "Jornal de Negócios":

Carlos_Tavares_CMVM O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) defende um maior controlo dos accionistas sobre as remunerações dos administradores. Carlos Tavares diz mesmo que este é um dos domínios no qual há lições a retirar da actual crise.
O presidente do orgão regulador do mercado português recomenda que “haja um controlo muito próximo dos accionistas sobre a estrutura das remunerações e sobre os incentivos que são dados aos administradores e executivos”.
A CMVM apresentou hoje o relatório anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas em Portugal em 2008 que conclui que existem algumas recomendações sobre o bom governo das empresas que são praticamente ignoradas.
É o caso da divulgação da remuneração individual dos membros do conselho de administração, seguida apenas por três empresas. Além disso, só 34% das cotadas submete a política de remunerações à assembleia geral de accionistas.
Carlos Tavares defendeu, à margem da conferência de apresentação do relatório um “maior controlo dos accionistas sobre as remunerações dos administradores”.
“Pensamos que há progressos a fazer nesta matéria”, disse acrescentando que “é desejável que os mecanismos de controle de riscos e de comunicação de irregularidades dentro das empresas seja melhorado”.
O presidente da CMVM acredita que são estes alguns dos domínios mais relevantes nos desencadear da crise global do sistema financeiro e avançou que o orgão regulador vai emitir novas recomendações sobre este assunto.
“Vamos desafiar a que os accionistas exerçam de facto o seu papel de controlo das sociedades”, disse
Questionado sobre se as remunerações pagas aos administradores em Portugal são demasiado elevadas, Tavare diz que a CMVM “não tem de questionar o nível das remunerações, mas sim a forma como são decididas”.

 

Ver:   Cotadas melhoram governo das sociedades

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