quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Açores são a única região do país que teve taxas de crescimento positivas na última década

In "PUBLICO.PT":

Há já 13 anos que o PIB regional açoriano apresenta taxas de crescimento positivas; e, nos últimos oito, o ritmo de crescimento dos Açores foi sempre igual ou superior aos valores nacionais, o que permitiu uma convergência da economia açoriana para a média nacional de 10 pontos percentuais entre 1996 e 2008. Este ano, a região dos Açores foi também aquela em que houve um maior crescimento da economia


Estes dados, que podem ser constatados na publicação das Contas Regionais agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam o PIB regional dos Açores cresceu 2,3 por cento no ano passado, bastante acima dos valores registados na Madeira (0,6 por cento) e no Centro (0,5 por cento), as duas outras regiões que também tiveram uma variação positiva no país.


“Os Açores são a única região que, em todos os últimos 13 anos, teve taxas de crescimento positivas e, em apenas três anos, cresceu abaixo de 1,9 por cento”, frisou Carlos César, numa declaração em Ponta Delgada. Nesse sentido, frisou que a região continua “a convergir com o país e com a União Europeia e a mostrar um bom desempenho económico, que ainda mais se acentua quando comparado com as realidades económicas que são confinantes”. Numa comparação apenas entre as duas regiões insulares portuguesas, os Açores apresentam um crescimento superior à Madeira pelo quarto ano consecutivo.


Para o presidente do executivo regional, os dados hoje divulgados pelo INE “são uma boa notícia para a economia açoriana e fazem prova da boa governação e do sucesso das políticas económicas e financeiras desenvolvidas nos Açores na última década”.


Evolução desigual das regiões


É um coro a várias vozes aquele que se vai ouve em termos de evolução económica das várias regiões do pais. Mas a evolução desigual das regiões, em termos económicos, durante o ano de 2008 não é suficiente para fazer desafinar a habitual concentração estrutural, que se mantém no Norte, no Centro e em Lisboa. Em 2008 36,5 por cento da riqueza do país foi criada na região de Lisboa, e 28,3 por cento na região do Norte. Mas ambas perderam residualmente o peso que tinham no início da década, quando garantiam, respectivamente 36,7 e 28,8 por cento. O Norte continua a assegurar a maior fatia em termos de emprego, com 34 por cento dos postos de trabalho declarados no país.


Em 2008, tal como no ano anterior, apenas Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Algarve, entre as regiões NUTS II, ultrapassaram a média nacional (15,7 milhares de Euros, índice 100), com índices, respectivamente, de 138, 128 e 104.


Quanto à produtividade aparente do trabalho, aferida pela relação entre o PIB (ou o VAB) e o emprego que lhe está subjacente verifica-se que apenas três regiões - Norte, Centro e Região Autónoma dos Açores - não superaram a média nacional, que se cifrou nos 32,3 milhares de Euros, índice 100


As principais assimetrias neste indicador situam-se na região Norte, que oscila entre o Grande Porto (104) e o Tâmega (66)

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