sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Na bolsa Teixeira Duarte é a accionista da Cimpor que mais ganha com a OPA

In "Jornal de Negócios Online":

Os investidores foram hoje surpreendidos com o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Cimpor. A cimenteira foi, tal como esperado, a que mais reagiu à notícia, mas não foi a única. A Teixeira Duarte, a maior accionista da Cimpor, disparou mais de 15%, enquanto a francesa Lafarge fechou a descer, assim como o BCP.


Depois da brasileira Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) ter anunciado esta manhã uma OPA sobre o capital da Cimpor, as acções dos maiores accionistas da cimenteira reagiram em alta, num sector que está abraços com reestruturações depois de um ano em que a construção e o imobiliário estiveram sob fogo cruzado.


Entre os accionistas da Cimpor, o que mais reagiu à OPA da Cimpor foi a Teixeira Duarte. A empresa liderada por Pedro Teixeira Duarte é a maior accionista da cimenteira detendo 22,9% da Cimpor.


Caso a Teixeira Duarte decida vender a posição que detém na Cimpor aos brasileiros, por 5,75 euros por acção, deverá encaixar 884,86 milhões de euros.


Isto numa altura em que a empresa está a passar por uma reestruturação e em que o encaixe deverá ajudar a Teixeira Duarte a reduzir a sua dívida líquida superior a 1,97 mil milhões de euros (registada no terceiro trimestre de 2009).


Os investidores receberam a notícia da OPA sobre a Cimpor com bons olhos, tendo elevado as acções da Teixeira Duarte em 15,51% para 1,08 euros.


Este foi o maior ganho entre os accionistas da Cimpor. Já que o segundo maior accionista, a francesa Lafarge, com 17,3%, desce 1,64% para 55,75 euros, tendo chegado a subir 1,25% para 57,39 euros.


A Lafarge, se decidir vender a sua posição pelos 5,75 euros oferecidos pela CSN encaixa 657 milhões de euros, “o que permitirá à empresa exceder o seu objectivo” de vendas de activos no valor de mil milhões de euros, salientam os analistas do Barclays Capital numa nota hoje emitida.


“A Cimpor está classificada como disponível para ser vendida nas contas da empresa” e a cimenteira francesa “está empenhada em reduzir a alavancagem financeira e arriscaria a notação da sua dívida se fizesse uma contra-oferta” avançam os analistas do Barclays.


Já o BCP, que detém através dos fundos de pensões 10% da Cimpor, fechou a recuar 1,01% para 0,781 euros, a reflectir as novas regras de capital aprovadas pelos reguladores financeiros internacionais e as novas previsões do Banco Central Europeu (BCE) para os montantes de amortizações que os bancos da Zona Euro terão ainda de fazer.

Ver:

TUDO SOBRE A OPA À CIMPOR

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