quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nouriel Roubini alerta para possibilidade de fecho das bolsas

In "DiarioEconomico.com":

Ao falar hoje durante a conferência 'Hedge 2008' em Londres, e citado pela agência Bloomberg, Roubini afirmou que "chegámos a uma situação de pânico puro", tendo alertado que "irá haver uma venda massiva de activos", sendo que "centenas de fundos 'hedge' vão falir."
No mesmo evento, o co-CEO da GLG Partners, Emmanuel Roman, previu por seu turno que até 30% dos fundos 'hedge' se vejam forçados a encerrar as suas actividades.
Este mês, responsáveis da política monetária das principais economias do mundo efectuaram cortes coordenados das taxas de juro e injectaram grandes somas de dinheiro nos bancos, de modo a tentar travar a crise, não tendo no entanto decidido suspender as bolsas das sete maiores economias do planeta.
"O risco sistémico tornou-se cada vez maior. Estamos a ver o início de uma 'corrida' a uma grande parte destes fundos", alertou Roubini, que avisou as pessoas para "não se surpreendam se os responsáveis políticos decidam encerrar os mercados por uma semana ou duas nos próximos dias."
A possibilidade do fecho das bolsas foi avançada pela primeira vez no passado dia 10 pelo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que disse que os líderes mundiais estavam a debater o fecho das bolsas mundiais, tendo este no entanto afirmado pouco depois que não queria, na verdade, dizer o que disse.
Nouriel Roubini avisou também que "as coisas estão a tornar-se muito feias nos mercados emergentes. Costumávamos dizer que 'quando os EUA espirram, o resto do mundo apanha uma constipação'. Bem, agora os EUA têm uma pneumonia crónica e persistente, Está a tornar-se numa grande confusão nos mercados emergentes."
Roubini, que também é presidente da empresa de análise RGE Monitor, disse igualmente que "existem cerca de uma dúzia de mercados emergentes que estão agora com problemas financeiros graves. Até uma pequena nação pode ter um efeito sistémico na Economia global", sendo que "o Fundo Monetário Internacional [FMI] não vai ter dinheiro para apoiá-las a todas."
Este responsável precisou ainda que "esta é a pior crise financeira nos EUA, Europa e agora nos mercados emergentes que já vimos em muito tempo. As coisas vão ficar muito piores antes de melhorarem. Temo que o pior esteja ainda à nossa frente."

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